quinta-feira, 25 de março de 2010

O fim da Idade Média.

- Este período também é conhecido como Baixa Idade Média (século XI ao XV), se dividindo em: processo de expansão (XI ao XIII) e processo de depressão (XIV ao XV). Esses processos acabam interferindo no declínio do feudalismo.
-Expansão: teve como característica o surgimento de uma população urbana mercantil que irá combater o feudalismo. Os componentes foram: as cruzadas, desenvolvimento agrícola, crescimento populacional e econômico, surgimento das cidades e da burguesia.
- Depressão: a sua característa foi bem parecida com o período de expansão. O fortalecimento do comércio fez surgir um segmento urbano mercantil que irá concorrer com o sistema feudal e que por fim acaba por esgota-lo. Os componentes desse período foram: a crise econômica, crise política, Guerra de Cem Anos (1337 a 1453) e a crise religiosa com a Cisma do Ocidente (1378 a 1417).

A colonização da América do Norte.

A COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA DO NORTE.
- A princípio estavam a procura de um caminho para as Índias, encontraram a América em 1492.
- No governo de Elizabeth I os ingleses passam a explorar as terras da América do Norte, pele e madeira eram as mercadorias exploradas.
- O cercamento, as lutas religiosas e as dificuldades econômicas na Inglaterra ajudaram na colonização da Nova Inglaterra.
- A colonização se deu por companhias inglesas organizadas por banqueiros e comerciantes (com a autorização da Coroa); companhia de Londres e Plymouth, seria o self-government ou auto governo na colônias inglesas da América do Norte.
- As primeiras colônias surgiram no norte da região (Plymouth, New Heven, Rhode Island e New Hampshire).
- Depois no centro (Pensilvânia, Nova Jersey, Delawere e Nova York), ambas as regiões com o clima frio e sem produtos tropicais e com pequenas propriedades.
- Sul (Virgínia,Maryland, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Geórgia), clima mais quente, poderia se plantar produtos tropicais como, algodão, tabaco e arroz. Grandes propriedades, monocultura e trabalho escravo.
- Colonização autônoma, no centro e no norte, colônias de povoamento e no sul de exploração (plantations).
Absolutismo e Mercantilismo.
O absolutismo caracterizou-se pelo regime monárquico, alicerçado na centralização do poder e na unificação territorial. O Estado absolutista possuía um carater pessoal, cujo poder era personalizado. O Estado era o rei.
Durante a transição do feudalismo para o capitalismo, do século XV ao XVIII, formou-se e consolidou-se o Estado Absolutista. Para um soberano absolutista, o exercício do poder implicava na ausência de controle de suas ações. Cabia a ele qualquer decisão, principalmente quando precisava definir-se na posição entre a nobreza e a burguesia. De um lado estava a burguesia, da qual necessitava para apoiá-lo financeiramente. Do outro, a nobreza, pra quem oferecia os altos escalões, os bispados e abadias, as pensões e muitas vezes os tribinais. Os nobres simbolizavam a tradição, fonte de realeza.
Os soberanos se apresentavam acima das classes sociais. Porém, o pacto com a burguesia e as suas ligações com a nobreza apresentavam-se como os limites da sua autoridade, cujos princípios repousavam nos costumes a nas instituições, que precediam o próprio rei.
A Representação do Poder Absolutista.
Os pensadores políticos da época moderna procuram explicar ou justificar as origens e as razões do Estado Absolutista, dividido em duas correntes: a contratualista e a divina.
Origem contratualista: os pensadores da época, fortemente influenciados pelo individualismo e racionalismo, admitiram que o uso do poder era racional e a função do monarca, a realização do bem comum. Para essa corrente era imprescidivel para o Estado o Pacto Social com a sociedade civil. O homem, em troca de segurança, entregou seu poder para o Estado. Por isso, o governante podia mandar na sociedade.
Entre os teóricos dessa corrente, pode-se citar Nicolau Maquiavel, que escreveu "O Príncipe" por volta de 1513, cuja a máxima era: "os fins justificam os meios", pois não interessava os meios que o príncipe fosse utilizar, mas o fim maior, o Estado centralizado.
Outro pensador foi Thomas Hobbes, autor de "O Leviatã", de 1654, onde está evidenciado que a origem do Estado era contratual, irreversível, resultado da aliança entre a nação e o rei. O pensamento era: "o homem é o lobo do homem", resumia claramente a nessecidade de existência do Estado para atenuar as lutas sociais.
Origem Divina.
Outra forma de justificar a origem do Estado absolutista foi à origem divina, cujos pensadores viam nos monarcas a expressão mais perfeita da autoridade delegada por Deus na Terra, ou seja, a monarquia por direito divino. Os principais expoentes dessa corrente foram Jean Bodin e Jacques Bossuet.
Jean Bodin, teorizou a autonomia e a soberania do Estado Moderno, no sentido de que o monarca intrepertava as leis divinas, obedecia a elas, mas de forma autônoma, visto que não precisavam receber do papa a investidura de seu poder.
Jacques Bossuet, justificou o governo absolutista a partir da Sagradas Escrituras, afirmando que ele era desejado por Deus, já que garantiria a felicidade dos povos.
A Inglaterra e o Novo Modelo de Mercantilismo.
Um exemplo de intervenção e protecionismo foi o inglês, pois o governo expandiu, em 1651, os Atos de de Navegação, com o intento de salvaguardar a economia inglesa que estava em crise, bem como acirrar a política colonialista na América do Norte. Por meio dos Atos de Navegação, ficava determinado que todo comércio entre a Inglaterra e qualquer uma das colônias devia ser feito pelos navios ingleses. Tinha início a Hegemonia inglesa na Europa e no Oceano Atlântico. O lucro desse comércio foi aplicado na manufaturas, que permitiram o crescimento da produção industrial inglesa, cujos produtos permitiram a expansão do mercado inglês internacionalmente.

terça-feira, 9 de março de 2010

O Estado Absolutista.


Os Estados Nacionais e o Absolutismo.

- Absolutismo: nesta forma de governo o Estado é o rei e para se manter no poder tem um pacto com a burguesia e a nobreza;
- O poder fica centralizado na mão do rei;
- Tem um comércio desenvolvido com cidades urbanizadas;
- Os senhores feudais e a Igreja são contra a centralização do poder real;
- Com o poder centralizado na mão do rei, com uma moeda forte, e com um exército forte o rei fica com mais poder;
- O Estado Nacional Absoluto marca a transição do feudalismo para o capitalismo (Expansão Comercial);
- Surgem alguns teóricos de fendendo o absolutista e o poder do rei, podemos citar: Nicolau Maquiavel - escreveu "O Príncipe", Thomas Hobbes publica "O Leviatã", ambos defendem a corrente contratualista, pois para eles existia um contrato entre o povo e o rei, mesmo que esse contrato seja fictício. Temos também outros teóricos: Jean Bodin: para ele o rei era tão divino que não precisava de um papa para ser coroado, já que ele era enviado por Deus, tornando-se um ser supremo, e Jacques Bosseut: onde justificava o governo absolutista a partir das Sagradas Escrituras, ambos defendem a Origem Divina.
Revolução Inglesa.
- Jaime I assume o o trono inglês após a morte de Elizabeth I, substituindo a dinastia Tudor pela Stuart;
- Com a morte de Jaime I assume o poder Carlos I, que invado o Parlamento dando inicio a uma guerra civil (Revolução Puritana);
- Oliver Cromwell assume o poder após prender e condenar morte Carlos I, iniciando o período republicano inglês (República Cromwell, um ditadura particular);
- Com a morte de Cromwell retorna a monarquia e o trono passa as mãos de Carlos II que tenta dar poderes aos católicos, inimigos dos protestantes;
- Jaime II assume o trono, e tenta retornar com o absolutismo na Inglaterra, porém o Parlamento reage e coloca no trono Guilherme de Orange (Revolução Gloriosa);
- Após assumir o poder, Orange, assina a Declaração de Direitos, dando plenos poderes ao Parlamento, com isso a Inglaterra passa e ser uma Monarquia Parlamentarista, onde o rei reina porém não governa.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Igreja e Cultura Medieval.

- Fortalecimento da Igreja, responsável pela unidade cultural na sociedade medieval;
- A unidade cristã se deu pela fé e pela língua (latim);
- Divisão da Igreja: clero secular e clero regular;
- Questão da investidura (nomeação): disputa entre a Igreja e os monarcas, conflito resolvido no século XII com a assinatura do da Concordata de Worms em 1122 entre o papa Gregório VII e Henrique IV do Sacro Império Romano Germânico;
- Arte: arquitetura: românica e gótica; pintura: abandona as paisagens e passa a humanizar os santos nas pinturas; música: ligada a Igreja, sacra (canto gregoriano), , na área popular temos os trovadores (criavam as músicas)e os menestreis (cantores ambulantes); poesia: épica (relatos heróicos) e lírica (relatos românticos);
- Ciências: destacaram-se os aperfeiçoamentos na navegação e na medicina, além de passarem a observar a natureza e a experimentação como método básico;
- Filosofia: harmonizar a fé com a razão;
- Cultura popular: surge a paródia;
- Heresia e inquisição: todos que se opunham a Igreja eram considerados herege sendo julgados pelo Tribunal da Inquisição (criado pelo papa Gregório IX em 1231;
- Cruzadas: expedições militares organizadas pela Igreja e por nobres poderosos entre os séculos XI e XIII, tendo por objetivo as Terras Santas dos muçulmanos.
Responda:
1) No Império Franco, como ara o relacionamento entre a Igreja e o imperador? Explique.
R: Eram aliados e um favorecia ao outro, pois com o apoio da Igreja o imperador poderia justificar o seu poder de origem divina. A Igreja, por sua vez, teria um apoio político e militar, para, assim, poder lutar contra os seus inimigos, os bizantinos e os árabes.
2) Como era a relação da Igreja Católica e o Império Bizantino?
R: O belizeu era o chefe de estado como da Igreja, isso acabou gerando uma ruptura entre o papa e o imperador, com isso o catolicismo é trocado pelo Crstianismo Ortodoxo.
3) O que levou os árabes a se tornarem monoteístas, ou seja, adorarem a um só Deus?
R: O contato com povos que já tinham essa prática, como os hebreus e os cristãos. Isso acaba servindo como base para a criação dos Islã.
Atenção turmas: 1005, 1006, 1007, 1008 e 1009, levem o livro de História na próxima aula: dia 22/03/2010 as turmas 1005, 1006 e 1007 e dia 23/03/2010 as turmas 1008 e 1009.
Jacques Le Goff e o feudalismo.
- Jacques Le Goff, um especialista em história francês, define o conceito do feudalismo da seguinte forma: uma sociedade que se divide em dois seguimentos distintos, que são os senhores (classe de guerreiros especializados que dominam uma classe campesina) e os servos (a classe campesina dominada), organizados em uma hierarquia rígida.
- No feudalismo a produção econômica era baseada na agricultura e nas atividades pastoris, tendo como unidade produtora o senhorio (extensão de terra) e a forma de trabalho a servidão.
- No período feudal os servos tinham as seguintes obrigações: uma série de prestação de serviços e o cumprimento de uma série de obrigações como a corvéia (trabalho obrigatório nas reservas dos senhores feudais por dois ou três dias), a talha (entrega de parte de sua produção ao senhor feudal) e as banalidades (pagamento de taxas ao senhor feudal pelo uso de equipamentos e instalações do senhor feudal).
Divisão do Senhorio Feudal.
- Campos Abertos (terras comuns - bosques)
- Reservas Senhoriais (terras dos senhor feudal)
- Mansos Servis (terras utilizadas pelos servos)

quinta-feira, 4 de março de 2010

Exercício: Feudalismo.


1) Em qual dos impérios citados no texto podemos encontrar a prática do feudalismo? Justifique.
R.: No Império Franco. Após Carlos Magno conquistar novos territórios teve que distribuir essas terras aos nobres para assim poder ter apoio militar e político, além de ver surgir os servos, já que os pequenos proprietários passaram a servir os grandes proprietários quando pediam proteção já que tinham muitas guerras nesta época.
2) o que vem a ser o cesaropapismo?
R.: Era a forma de governo bizantino, onde o belizeu (governante) era o chefe de Estado como da Igreja.
3) Os Impérios Franco, bizantino e Árabe, tem cada um deles suas caractarísticas culturais e sociais. Na religião, o que os aproxima e os afasta?
R.: Ambos eram monoteístas (adoravam um só Deus), porém cada um império com suas características como por exemplo: a doutrina do povo muçulmano está no Alcorão e do povo franco, católico, era a Bíblia e o Império Bizantino o chefe de Estado era chefe da Igreja também.
Segue uma imagem da Europa no período medieval.

Povos Medievais.


Na Idade Média, após a queda do Império Romano do Ocidente (476), vários povos já existentes na antiga Europa (povos bárbaros) passam a ocupar todo o território europeu como: os anglo saxões, bizantinos, lombardos, ostrogodos, suevos, visigodos, vândalos, francos, árabes e outros. Porém nem todos esses povos criaram grandes impérios e os que criaram e sobreviveram a acabaram formando reinos fortes que mais tarde tornaram países modernos na Idade Moderna.

Vejamos como alguns desses impérios surgiram:

Em 395 d.C. o imperador Teodósio divide o Império Romano em dois: o do oriente, com a capital em Constantinopla e do ocidente, com a capital em Roma. Porém, essa estratégia não deu certo, tendo em vista que Rómulo Augusto, imperador do ocidente, não resistiu ao líder germânico, Odoacro, era o fim do Império Romano do Ocidente, em 476 d.C. marcando o fim da Idade Antiga (Antiguidade Clássica).

Os Impérios Medievais:

Império Franco: teve o seu apogeu na dinastia carolíngia, tornando-se um grande império com Carlos Magno (768-814), que ampliou os domínios francos através de guerras, consolidando o poder de seu reino. Carlos Magno, com o intuito de obter apoio político e militar, distribuía as terras conquistadas nas guerras entre os nobres, porém em troca tinha que jurar fidelidade e apoio militar ao rei, prática que derivou no compromisso de suserania e vassalagem firmada entre os senhores feudais.

Os réis francos também eram aliados da Igreja Católica e essa aliança favorecia aos dois lados: o apoio do papa acabava fortalecendo o poder do rei, e por sua vez, o papado encontrou nos reis apoio militar e político contra os imperadores bizantinos e mais tarde, após o século VII, os árabes muçulmanos. Os francos tinham um forte carater cristão e acreditava-se que o imperador era escolhido por Deus. Com fortes traços feudais: a terra, o grande fator de riqueza e poder, onde os pequenos propietários procuravam proteção de um grande proprietário e onde já predominava o trabalho servil.

Império Bizantino (Império Romano do Oriente): o governante bizantino (balizeu) era o chefe de Estado (Cesar) e da Igreja (papa), por isso sua forma de governo foi denominada cesaropapismo. O fato de o Império Bizantino interferir diretamente no poder da Igreja faz com que exista uma ruptura entre ambos, com isso o povo bizantino passa a ser considerado Cristão Ortodoxo. O belizeu de maior destaque foi Justino, que governou de 527 a 565 e foi responsável pelo Código Justiniano, que tinha por base a administração do Estado. Em 1453 Constantinopla é invadida pelos turcos otomanos, fato que marca o fim do Império Romano do Oriente e da Idade Média dando início a Idade Moderna.

Império Árabe: na Arábia existiam duas civilizações basicamente, ao sul povos sedentários dedicados a agricultura e ao comércio, ao norte os beduinos, povos nômades que moravam no deserto, praticando o pastoreio. Por terem contato com os povos hebreus e com cristãos, passam a adotar uma divindade suprema, Alá, sedimentando o terreno para o islamismo, que será difundido por Maomé após o século VII d.C., que pregava Alá como Deus único e criador que tudo que existia. O islamismo defende a predestinação e a doutrina está formulada no Corão ou Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos.

Podemos observar que no período entre a Antiguidade Clássica e a Idade Média existiram alguns impérios e povos, onde alguns se destacaram mais que outros. E os impérios que se destacaram, cada um com a sua cultura, sociedade, religião particulares, que no futuro vão interferir no surgimento dos Estados Modernos, nascidos no século XV, onde Portugal e Espanha foram um dos primeiros e serem formados e firmarem-se.