quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Aula da turma 2001 (ILUMINISMO 22/02/2011)

Pensadores Iluministas.
● John Locke (1632-1704): considerado o “pai do iluminismo”. Obra, “Ensaio sobre o entendimento humano”. Condenava o absolutismo e defendia a liberdade do cidadão, a liberdade política e a tolerância religiosa.
● Voltaire (1694-1778): obra, “Ensaio sobre os costumes”. Mesmo não sendo democrata, defendia que a monarquia devia respeitar as liberdades individuais.
● Montesquieu (1689-1755): defendeu a separação dos poderes do Estado entre, Legislativo, Executivo e Judiciário. Obra: “O espírito das leis”.
● Diderot (1713-1784) e D’Alembert (1717-1783): foram os principais organizadores da “Enciclopédia”, obra que resumia os principais pensamentos iluministas. Defendiam a independência do Estado em relação à Igreja.
● Rousseau (1712-1778): obra, “O contrato social”. Para Rousseau o Estado só poderia oferecer igualdade jurídica aos cidadãos se fosse democrático.
● Quesnay (1694-1774): defensor da fisiocracia, capitalismo agrário, baseado no aumento da produção, sem a interferência do Estado. Obra: “Fisiocracia o governo da natureza”.
● Adam Smith (1723-1790): defensor do liberalismo econômico e do livre comércio sem a interferência do Estado. Obra, “A riqueza das nações”.

Características Iluministas e Absolutistas.
- Os pensamentos políticos e econômicos eram os anseios da burguesia.
- A monarquia absolutista defendia os privilégios dos nobres e monarcas.
- A Igreja impedia a liberdade do indivíduo e por sua vez o avanço de novas técnicas para o transporte, para as comunicações, para a medicina, etc.
- Deus e o iluminismo: para a maioria dos iluministas, Deus era o criador do universo. Responsável por dar a razão ao homem respeita, então, a liberdade do homem de pensar e de se imprimir. Os iluministas combatiam a fé cega e as crendices.
- A burguesia cristã iluminista: acreditavam que a recompensa divina ou econômica dependia do trabalho, de uma vida que os levasse ao êxito.
- Despotismo Esclarecido: eram os monarcas que não abriam mão do poder absolutista, porém punham em prática alguns princípios iluministas.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

TURMA EAT (aula 4)

Preconceito
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Preconceito (prefixo pré- e conceito) é um "juízo" preconcebido, manifestado geralmente na forma de uma atitude "discriminatória" perante pessoas, lugares ou tradições considerados diferentes ou "estranhos". Costuma indicar desconhecimento pejorativo de alguém, ou de um grupo social, ao que lhe é diferente. As formas mais comuns de preconceito são: social, "racial" e "sexual".
De modo geral, o ponto de partida do preconceito é uma generalização superficial, chamada "estereótipo". Exemplos: "todos os alemães são prepotentes", "todos os norte-americanos são arrogantes", "todos os ingleses são frios". Observar características comuns a grupos são consideradas preconceituosas quando entrarem para o campo da agressividade ou da discriminação, caso contrário reparar em características sociais, culturais ou mesmo de ordem física por si só não representam preconceito, elas podem estar denotando apenas costumes, modos de determinados grupos ou mesmo a aparência de povos de determinadas regiões, pura e simplesmente como forma ilustrativa ou educativa.
Observa-se então que, pela superficialidade ou pela estereotipia, o preconceito é um erro. Entretanto, trata-se de um erro que faz parte do domínio da crença, não do conhecimento, ou seja ele tem uma base irracional e por isso escapa a qualquer questionamento fundamentado num argumento ou raciocínio.
Os sentimentos negativos em relação a um grupo fundamentam a questão afetiva do preconceito, e as ações, o fator comportamental. Segundo Max Weber (1864-1920), o indivíduo é responsável pelas ações que toma. Uma atitude hostil, negativa ou agressiva em relação a um determinado grupo, pode ser classificada como preconceito.
Dialética
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Dialética (português brasileiro) ou Dialéctica (português europeu) (do grego διαλεκτική (τέχνη), pelo latim dialectĭca ou dialectĭce) é um método de diálogo cujo foco é a contraposição e contradição de idéias que leva a outras idéias e que tem sido um tema central na filosofia ocidental e oriental desde os tempos antigos.
"Aos poucos, passou a ser a arte de, no diálogo, demonstrar uma tese por meio de uma argumentação capaz de definir e distinguir claramente os conceitos envolvidos na discussão." "Aristóteles considerava Zenão de Eléia (aprox. 490-430 a.C.) o fundador da dialética. Outros consideraram Sócrates (469-399 AEC)." (Konder, 1987, p. 7).
Um dos métodos diáleticos mais conhecidos é o desenvolvido pelo filósofo alemão Georg Hegel (1770-1831).
Leia, Reflita e Responda:

Preconceito mostra quando uma idéia é formada antecipadamente. É a idéia, a opinião que vem antes de estar totalmente formada, pronta. Ele sai novinho das nossas opiniões porém, já sai com defeito de fábrica. As idéias e opiniões que apresentam o defeito de preconceito mostram aversão, intolerância a outras coisas sem conhecermos o todo. Isto acontece muito em relação às religiões, tendências sexuais, raças e etc.

O que esta frase tem a ver com o que estudamos? Justifique.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

QUAL A IMPORTÂNCIA DA HISTÓRIA (TURMA 1002)

Qual a importância da história na sociedade.

A palavra história é de origem grega “historiem” que é “procurar saber”, “informar-se”, história significa procurar. (Jacques Le Goff)
A historia estuda a vida humana através do tempo. Estuda o que homens e mulheres, de todas as idades, fizeram, pensaram ou sentiram como seres sociais. Nesse sentido, o conhecimento histórico alarga a compreensão das pessoas como seres que constroem seu tempo.

● Para que estudar história?
Ela busca explicar as permanências e as regularidades das formações sociais quanto às mudanças e as transformações que se estabelecem no embate (luta) das ações humanas.

● Por que o passado acaba interferindo no presente?
O passado humano constituiu um conjunto de comportamentos intimamente interligados que tem uma razão de ser, ainda que, na maioria das vezes, imperceptível aos nossos olhos. Porém ao analisarmos o passado e confrontá-lo com acontecimentos do presente passamos a entender melhor o cotidiano.

● O tempo e a história.
A dimensão do tempo é considerada uma das categorias do conhecimento histórico. O tempo representa um conjunto complexo de vivências humanas. Por isso a necessidade de relacionar as diferentes formas de criar o tempo e os períodos propostos, e de situar os acontecimentos históricos nos seus respectivos tempos.

● O tempo de hoje é igual ao de ontem?
O tempo continua igual, porém com tantos afazeres temos a impressão que o dia ficou mais curto. No século XVI no interior da França o tempo era contado pelo nascente e poente do Sol, já na sociedade industrial contemporânea o tempo é ditado pelo relógio.
OBS.: o homem e a história acabam tendo um grande relacionamento, pois esta relação torna o homem agente do tempo histórico.

● A historiografia (estudo histórico e escrito) informa a verdade absoluta?
Ela não deve ter essa pretensão, pois a história como forma de conhecimento, é uma atividade contínua de pesquisa.
REFLITA: “A história que se escreve está intensamente ligada à história que se vive.” Analisar a frase e refletir sobre a objetividade nos estudos históricos.
● A história escrita não pode ser isolada de sua época. Ela reflete o historiador e o tempo em que ele vive. Por isso, a objetividade histórica é sempre muito relativa: as intenções dos historiadores não podem ser consideradas verdades absolutas, variando de acordo com as mudanças ocorridas no presente histórico.

● Em que consiste o trabalho do historiador?
Serve para investigar e interpretar as ações humanas de modo a compreender o processo histórico.
OBS.: a palavra história é polissêmica, possui vários significados como:
- História de ficção: são as histórias existentes em alguns livros, nas novelas, nos filmes. Às vezes são inspiradas em conhecimentos de épocas, porém retirada da cabeça das pessoas.
- História de um processo vivido: fatos que ocorreram na vida de uma pessoa ou de um grupo social, suas lutas e sonhos, as alegrias e tristezas, sempre com base na memória.
- História do conhecimento: é quando procura se entender como os seres humanos viveram e se organizaram desde o passado mais remoto até os dias de hoje. Parra assim poder desvendar a historicidade (a condição histórica) das vivências humanas. Tudo isso se dá através do conhecimento que acaba por transformar a história na busca do saber voltado para a compreensão da vida dos seres humanos e das sociedades ao longo dos tempos.
REFLITA: Podemos relacionar essas formas de história? Por quê?
● Sim, já que ao estudarmos a história tanto a ficção e a história vivida pelas pessoas podem fazer parte da história do conhecimento e com isso nos ajuda a entender como pensavam, como se influenciavam, como se relacionavam. Nisso a ficção pode nos ajudar, principalmente no lado cultural. Ao pesquisarmos sobre os lugares e como as pessoas viviam vamos precisar saber do processo de vida desse grupo.

Povos Medievais.
Na Idade Média, após a queda do Império Romano, vários povos que já existiam na antiga Europa (conhecidos como bárbaros) passam a ocupar todo o território europeu como: os anglos saxões, bizantino, lombardos, ostrogodos, suevos, visigodos, vândalos, francos, suevos, árabes e vários outros. Porém nem todos esses povos criaram grandes impérios e os que criaram sobreviveram e acabaram formando reinos fortes. Desses reinos surgiram países que iram se tornar fortes países na Idade Moderna.
Vejamos como alguns desses impérios surgiram:
Em 395 d.C. o imperador Teodósio divide o Império Romano em dois: o Império Romano do Oriente com a capital em Constantinopla e o Império Romano do Ocidente com a capital em Roma. Porém não deu certo a estratégia, pois o imperador do ocidente, Rômulo Augusto, não resistiu ao líder germânico Odoacro, era o fim do Império Romano do Oriente em 476 d.C. e o fim da Idade Antiga (Antiguidade Clássica).
Os Impérios Medievais:
Império Franco: teve o seu apogeu na dinastia carolíngia, tornando-se um império mais tarde com Carlos Magno (768-814), que ampliou os domínios francos através de guerras, consolidando o poder de seu reino. Carlos Magno, com intuito de obter apoio político e militar, distribuía as terras conquistadas nas guerras entre os nobres, porém em troca tinha que jurar fidelidade e apoio militar ao rei, prática que derivou no compromisso de suserania e vassalagem, firmadas entre os senhores feudais.
Os reis francos também eram aliados da Igreja Católica e essa aliança favorecia os dois lados: o apoio do papa acabava fortalecendo o poder do rei e por sua vez o papado encontrou nos reis apoio militar e político contra os imperadores bizantinos e mais tarde, após o século VII, os árabes muçulmanos. Os francos tinham um forte caráter cristão e acreditava-se que o imperador era escolhido por Deus. Com fortes traços feudais: a terra, o grande fator de riqueza e poder, onde os pequenos proprietários procuravam proteção que pediam a um grande proprietário, e em forma de pagamento exercia o trabalho servil.
Império Bizantino (Império Romano do Oriente): o governante bizantino (balizeu) era o chefe de Estado (Cesar) e da Igreja (papa), por isso sua forma de governo foi denominada cesaropapismo. O fato de o Império Bizantino interferir diretamente no poder da Igreja faz com que existisse uma ruptura entre ambos, com isso o povo bizantino passa a ser considerado Cristão Ortodoxo. O balizeu de maior destaque foi Justino, que governou de 527 a 565 e foi responsável pelo Código Justiniano, que tinha por base a administração do Estado. Em 1453 Constantinopla é invadida pelos turcos otomanos, fato que marca o fim do Império Romano do Ocidente e da Idade Média dando início a Idade Moderna.
Império Árabe: na Arábia existiam duas civilizações basicamente: ao sul povos sedentários dedicados a agricultura e ao comércio, ao norte os beduínos, povo nômade que morava no deserto praticando o pastoreio. Por terem contato com os povos hebreus e com cristãos, passaram a adotar uma divindade suprema, Alá, sedimentando o terreno para o islamismo, que seria difundido por Maomé após o século VII d.C. Onde pregava Alá como deus único e criador de tudo que existia. O islamismo defende a predestinação e a doutrina está formulada no Corão ao Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos.
Podemos observar que no período medieval existiram vários impérios e povos que alguns se estacaram mais que outros, porém, de acordo com o que foi relatado acima, os impérios que destacamos foram os francos, os bizantinos e os árabes, cada um com suas características e que a partir dai vão interferir no surgimento dos Estados Modernos que vão prosperar após o século XV, onde Portugal e Espanha são os precursores.

SOCIOLOGIA (turma 1007 do Gumarães)

Sociologia, o que é?

Sociologia - tem como objeto de estudos a sociedade, a sua organização social e os processos que interligam os indivíduos em grupo.
A Sociologia é uma das Ciências Humanas que tem como objetos de estudo a sociedade, a sua organização social e os processos que interligam os indivíduos em grupos, instituições e associações. Enquanto a Psicologia estuda o indivíduo na sua singularidade, a Sociologia estuda os fenômenos sociais, compreendendo as diferentes formas de constituição das sociedades e suas culturas.
O termo
Sociologia foi criado por Auguste Comte em 1838 (séc. XIX), que pretendia unificar todos os estudos relativos ao homem — como a História, a Psicologia e a Economia. Mas foi com Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber que a Sociologia tomou corpo e seus fundamentos como ciência foram institucionalizados.

Augusto Comte
A Sociologia surgiu como disciplina no século XIX, como resposta acadêmica para um desafio que estava surgindo: o início da sociedade moderna. Com a Revolução Industrial e posteriormente com a Revolução Francesa (1789), iniciou-se uma nova era no mundo, com as quedas das monarquias e a constituição dos Estados nacionais no Ocidente. A Sociologia surge então para compreender as novas formas das sociedades, suas estruturas e organizações.
A Sociologia tem a função de, ao mesmo tempo, observar os fenômenos que se repetem nas relações sociais – e assim formular explicações gerais ou teóricas sobre o fato social –, como também se preocupa com aqueles eventos únicos, como por exemplo, o surgimento do capitalismo ou do Estado Moderno, explicando seus significados e importância que esses eventos têm na vida dos cidadãos.
Como toda forma de conhecimento intitulada ciência, a Sociologia pretende explicar a totalidade do seu universo de pesquisa. O conhecimento sociológico, por meio dos seus conceitos, teorias e métodos, constituem um instrumento de compreensão da realidade social e de suas múltiplas redes ou relações sociais.
Os sociólogos estudam e pesquisam as estruturas da sociedade, como grupos étnicos (indígenas, aborígenes, ribeirinhos etc.), classes sociais (de trabalhadores, esportistas, empresários, políticos etc.), gênero (homem, mulher, criança), violência (crimes violentos ou não, trânsito, corrupção etc.), além de instituições como família, Estado, escola, religião etc.
Além de suas aplicações no planejamento social, na condução de programas de intervenção social e no planejamento de programas sociais e governamentais, o conhecimento sociológico é também um meio possível de aperfeiçoamento do conhecimento social, na medida em que auxilia os interessados a compreenderem mais claramente o comportamento dos grupos sociais, assim como a sociedade com um todo. Sendo uma disciplina humanística, a Sociologia é uma forma significativa de consciência social e de formação de espírito crítico.
A Sociologia nasce da própria sociedade, e por isso mesmo essa disciplina pode refletir interesses de alguma categoria social ou ser usado como função ideológica, contrariando o ideal de objetividade e neutralidade da ciência. Nesse sentido, se expõe o paradoxo das Ciências Sociais, que ao contrário das ciências da natureza (como a biologia, física, química etc.), as ciências da sociedade estão dentro do seu próprio objeto de estudo, pois todo conhecimento é um produto social. Se isso a priori é uma desvantagem para a Sociologia, num segundo momento percebemos que a Sociologia é a única ciência que pode ter a si mesma com objeto de indagação crítica.
Orson Camargo
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Sociologia e Política pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP
Mestre em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP
O que é sociologia?

A Sociologia surgiu no século XIX, ela é uma ciência que estuda as sociedades humanas e os processos que se relaciona os indivíduos em associações, grupos e instituições. A Sociologia não é uma ciência de apenas uma orientação teórico-metodológica dominante. Ela traz estudos e caminhos diferentes para a explicação da realidade social.

A sociedade humana como objeto de estudo.

● Ciências Sociais – é o estudo de como seres humanos se relacionam na vida prática e afetiva, das formas pelas quais interagem uns com os outros, estabelecendo regras e valores, constitui tarefa de um grupo de disciplinas reunidas sob o nome de Ciências Sociais. A Sociologia é uma das disciplinas desta ciência, que estuda o comportamento do homem na sociedade em que vive.

● Divisão da Ciência Social:
- Sociologia: estuda as relações sociais e suas interações para assim podermos entender melhor a sociedade em que vivemos.
- Economia: tem por objetivo as atividades humanas ligadas à produção, circulação, distribuição e consumo de bens serviços.
- Antropologia: estuda e pesquisa as semelhanças e as diferenças culturais entre os vários grupos e agrupamentos humanos, assim como a origem e a evolução da cultura.
- Ciência Política: ocupa-se da distribuição de poder na sociedade, assim como da formação e do desenvolvimento das diversas formas de governo, estudando também os partidos políticos e os mecanismos eleitorais.

● Os fatos sociais têm as seguintes características:
- Generalidade: quando o fato social é comum a todos os movimentos de um grupo ou à sua grande maioria.
- Exterioridade: ocorre quando o fato social é externo ao indivíduo, existe independente de sua vontade.
- Coercitividade: é quando os indivíduos se sentem pressionados a agir o comportamento estabelecido.


● Durkheim e a Sociologia: as obras de Durkheim foram muito importantes para definir os métodos de trabalho do sociólogo e estabelecer os principais conceitos desta ciência. Entre essas obras estão “A divisão do trabalho social”, “As regras do método sociológico” e “O suicida.

● Áreas de interesse dos sociólogos: em síntese as principais áreas são os grupos sociais e suas características; as causas das mudanças nos grupos sociais ou sua desintegração; as relações sociais entre os membros do grupo e entre os grupos sociais e as instituições.

● Conceito básico da Sociologia: para se entender a sociologia como ciência é preciso vê-la como um duplo valor, que são: pode aumentar o conhecimento que o ser humano tem de si mesmo e da sua sociedade, e pode contribuir para a solução de problemas que ele enfrenta.

Exercícios:
1) Ao ler o texto, O “menino selvagem” de Aveyrom você concorda em afirmar que um indivíduo recebe influências de meio em que vive, forma-se de determinadas maneira e age no contexto social de acordo com sua formação? Justifique.

2) Cite exemplos de dois fatos sociais, explicando suas características.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Para turma 905 do Luiz Guimarãoes (progeto)

PLANEJAMENTO FINANCEIRO
O que é planejamento?
Decidir o que fazer antes de fazer !
Decidir como o dinheiro será usado antes dele ser recebido.

Definir Objetivos:
 Objetivos de médio e longo prazo
Compra
Estudo
Viagem
Casa

 Aposentadoria
Ao poupar R$ 1,00 por dia após 30 dias terá R$ 30,00 e após um ano R$ 365,00. Caso esse valor seja colocado em um investimento com juros de 16% ao ano, médio e longo prazo, vamos ter o seguinte rendimento:
01 ano = R$ 387,61
05 anos = R$ 2.731,06
10 anos = R$ 8.776,90
15 anos = R$ 22.161,02
20 anos = R$ 51.790,27
30 anos = R$ 262.587,97

No Planejamento Financeiro executar, agir, planejar e controlar é um ciclo onde não se encerra.


PLANEJAR: Conhecer a situação atual.
 Levantamento de informações:
Anotar o que se gasta
Extratos de conta
Fatura de cartão
Crediários
Pegar contas de água, luz, telefone, etc.
Pegar outras contas e outros pagamentos

Orçamento:
Receita (entrada de dinheiro)
 Salário
 Aluguel
 Rendimento de aplicações
 Outras receitas

DESPESAS (saída de dinheiro)
 Água, luz, gás.
 Alimentação
 Transporte
 Cartão de crédito
 Crediário
 Outros gastos, despesas

Caso o seu orçamento esteja com receita maior que a despesa sua situação financeira está positiva, caso esteja ao contrário, ou seja, as despesas maiores que a receita, sua situação financeira estará negativa.

PLANEJAR REQUER:
● OBJETIVO
● SABER PARA ONDE ESTÁ INDO O DINHEIRO
● PASSAR A GASTAR MELHOR
● REPLANEJAR DÍVIDA
● SE LIVRAR DAS MAIS PREOUCUPANTES
● BUSCAR ALGUMA SOBRA DE DINHEIRO
● GUARDAR, INVESTIR

EXECUTAR A VIDA FINANCEIRA:
● COMBINAR ENTRE TODOS: COMPROMETIMENTO
● TESTAR UM POUCO....
● EVITE DESPERDÍCIOS
● MUDE SEUS HÁBITOS

CONTROLAR: Realização no dia-a-dia.
 Controles simplificados
Anotar todos os gastos
Separar por categorias na planilha:
Casa, alimentação, transporte
Fixos, variáveis, esporádicos
Mostrar para todos os resultados alcançados:
compartilhar, comprometimento

AGIR:
• Avaliar o controle
• Identificar os desvios no orçamento
• Imprevistos?
• Consumismo?
• Falha no Planejamento?
• Revisar o plano
• Mudança de atitude
• Perceber mudanças no comportamento
• Revisar OBJETIVOS

Para as turmas da EAT Paulo Falcão. (2ª aula)

Colonização:
- ato de colonizar, transformar, em colônia. Podendo esta colonização ser dividida em colônia de exploração de povoamento.
- Processo de povoamento ou de exploração de um território, por indivíduos ou povos a eles estranhos.

Por que descobrir leva a colonizar e a explorar?
Nenhum documento deve ser visto como expressão absoluta da verdade; pode ter acontecido de o militar- navegador ter se equivocado quando escreveu; por isso vamos conhecer a opinião de dois historiadores, um brasileiro e um português, sobre o tema. Outro elemento importante para nos auxiliar a refletir sobre o assunto vem do almirante português Gago Coutinho, que nos informa que na época em que Esmeraldo foi escrito a palavra descobrir tinha o sentido de explorar, ou seja, descobrir uma terra era já iniciar o processo de exploração. (Coutinho, Gago. A descoberta do Brasil 1 – reflexões técnicas. Lisboa. Quipo, 2000. P.30).

Os portugueses já sabiam da existência do Brasil.
Ao que parece, os interessados na descoberta de novas riquezas não tardaram a investigar o que havia conquistado com assinatura do documento de Tordesilhas (1494). Esmeraldo de situ orbis, um texto de Duarte Pacheco Pereira, um dos mais importantes funcionários da Coroa portuguesa ligado as navegações, dá-nos conta de que , em 1498, o rei já sabia – certamente deveria ser uma informação confidencial – que possuía extensa região do outro lado do Atlântico:
“(...) temos sabido e visto como no ano de 1498 Vossa Alteza mandou descobrir a parte ocidental, do outro lado do Mar Oceano, onde é achada e navegada um tão grande terra firme com muitas e grandes ilhas adjacentes a ela. Indo por esta costa, é achado nela muitos e finos pau-brasil e muitas coisas de que os navios deste Reino andam carregados.” (Citado em Saga. A grande história do Brasil. São Paulo: Ed. Abril. 1981. V.1.)

Trecho do texto: O trabalho na colônia.
Brancos pobres, mestiços e libertos com frequência viviam na dependência dos senhores de engenho ou outros fazendeiros, recebendo às vezes parcelas de terra em arrendamento ou parceria (...) Sabe-se ainda da existência de uma população crescente de lavradores independentes em terras próprias ou ocupando terras devolutas, produzindo alimentos em regime de auto-subsistências ou para mercados locais, sempre ameaçados pelos fazendeiros em sua posse, em geral conhecidos em suas características.
(Ciro Flamarion Cardoso. O trabalho na colônia. In: FERREIRA, Olavo Leonel. História do Brasil. 17. ed (. São Paulo: Ática, 1995, p. 69.)

Etnocentrismo
Etnocentrismo é um conceito antropológico, segundo o qual a visão ou avaliação que um indivíduo ou grupo de pessoas faz de um grupo social diferente do seu é apenas baseada nos valores, referências e padrões adotados pelo grupo social ao qual o próprio indivíduo ou grupo fazem parte.
Essa avaliação é, por definição, preconceituosa, feita a partir de um ponto de vista específico. Basicamente, encontramos em tal posicionamento um grupo étnico considerar-se como superior a outro. Do ponto de vista intelectual, etnocentrismo é a dificuldade de pensar a diferença, de ver o mundo com os olhos dos outros.( Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. In 10/02/2011 as 12:58 min)
Alteridade.
Compreender que na sociedade não existe apenas a minha cultura. Que meus gestos, mímicas, posturas, reações afetivas não tem realmente nada de ‘natural’ que o conhecimento da nossa cultura passa inevitavelmente pelo conhecimento das outras culturas; e devemos especialmente reconhecer que somos uma cultura possível entre tantas outras, mas não a única.” (F. Laplantine)

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Para as turmas do EAT Paulo Falcão. (1ª aula)

Qual a importância da história na sociedade.
A palavra história é de origem grega “historiem” que é “procurar saber”, “informar-se”, história significa procurar. (Jacques Le Goff)
A historia estuda a vida humana através do tempo. Estuda o que homens e mulheres, de todas as idades, fizeram, pensaram ou sentiram como seres sociais. Nesse sentido, o conhecimento histórico alarga a compreensão das pessoas como seres que constroem seu tempo.

● Para que estudar história?
Ela busca explicar as permanências e as regularidades das formações sociais quanto às mudanças e as transformações que se estabelecem no embate (luta) das ações humanas.

● Por que o passado acaba interferindo no presente?
O passado humano constituiu um conjunto de comportamentos intimamente interligados que tem uma razão de ser, ainda que, na maioria das vezes, imperceptível aos nossos olhos. Porém ao analisarmos o passado e confrontá-lo com acontecimentos do presente passamos a entender melhor o cotidiano.

● O tempo e a história.
A dimensão do tempo é considerada uma das categorias do conhecimento histórico. O tempo representa um conjunto complexo de vivências humanas. Por isso a necessidade de relacionar as diferentes formas de criar o tempo e os períodos propostos, e de situar os acontecimentos históricos nos seus respectivos tempos.

● O tempo de hoje é igual ao de ontem?
O tempo continua igual, porém com tantos afazeres temos a impressão que o dia ficou mais curto. No século XVI no interior da França o tempo era contado pelo nascente e poente do Sol, já na sociedade industrial contemporânea o tempo é ditado pelo relógio.
OBS.: o homem e a história acabam tendo um grande relacionamento, pois esta relação torna o homem agente do tempo histórico.

● A historiografia (estudo histórico e escrito) informa a verdade absoluta?
Ela não deve ter essa pretensão, pois a história como forma de conhecimento, é uma atividade contínua de pesquisa.

● Não existe verdade absoluta
Face de Espelho
Há muitos anos vivia na Índia um rei sábio e muito culto. Já havia lido todos os livros do reino. Seus conhecimentos eram numerosos como os grãos de areia do rio Ganges. Muitos súditos e ministros, para agradar o rei, também se aplicaram aos estudos e as leituras dos velhos livros. Mas viviam disputando entre si quem era o mais conhecedor, inteligente e sábio. Cada um se arvorava em ser o dono da verdade e menosprezava os demais.
O rei se entristecia com essa rivalidade intelectual. Resolveu, então, dar-lhes uma lição. Chamou-os todos para que presenciassem uma cena no palácio. Bem no centro da grande sala do trono estavam alguns belos elefantes. O rei ordenou que os soldados deixassem entrar um grupo de cegos de nascença.
Obedecendo às ordens reais, os soldados conduziram os cegos para os elefantes e guiando-lhes as mãos, mostraram-lhes os animais. Um cego agarrou a perna de um elefante; outro segurou a cauda; outro tocou a barriga; outro, as costas; outro apalpou as orelhas; outro a presa; outro, a tromba.
O rei pediu que cada um examinasse bem, com as mãos, a parte que lhe cabia. Em seguida, mandou-os vir à sua presença e perguntou-lhes:
-Como se parece um elefante?
Começou uma discussão acalorada entre os cegos.
Aquele que agarrou a perna respondeu:
-O elefante é uma coluna roliça e pesada.
-Errado!- interferiu o cego que segurou a cauda. - O elefante é tal qual uma vassoura de cabo maleável.
-Absurdo!-gritou aquele que tocou a barriga. –È uma parede curva e tem a pele semelhante a um tambor.
-Vocês não perceberam nada- desdenhou o cego que tocou as costas-O elefante parece uma mesa abaulada e muito alta.
-Nada disso!-resmungou o que tinha apalpado as orelhas- É como uma bandeira arredondada e muito grossa que não pára de tremular.
-Pois eu não concordo com nenhum de vocês- falou alto o cego que examinara a presa. –Ele é comprido, grosso e pontiagudo, forte e rígido como os chifres.
-Lamento dizer que todos vocês estão errados- disse com prepotência o que tinha segurado a tromba. – O elefante é como a serpente, mas flutua no ar.
O rei se divertiu com as respostas e virando-se para seus súditos e ministros, disse-lhes:
- Viram? Cada um deles disse a sua verdade. E nenhuma delas responde corretamente a minha pergunta. Mas se juntarmos todas as respostas poderemos conhecer a grande verdade. Assim são vocês: cada um tem sua parcela de verdade. Se souberem ouvir e compreender o outro e se observarem o mundo de diferentes ângulos, chegarão ao conhecimento e à sabedoria. (Conto do Budismo chinês, “Face-de-Espelho”, recontado pela autora. In: HOLANDA,A. B. Mar de Histórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,1980.v 1)
REFLITA OPOS LER O TEXTO À CIMA: “A história que se escreve está intensamente ligada à história que se vive.” Analisar a frase e refletir sobre a objetividade nos estudos históricos.
● A história escrita não pode ser isolada de sua época. Ela reflete o historiador e o tempo em que ele vive. Por isso, a objetividade histórica é sempre muito relativa: as intenções dos historiadores não podem ser consideradas verdades absolutas, variando de acordo com as mudanças ocorridas no presente histórico.

● Em que consiste o trabalho do historiador?
Serve para investigar e interpretar as ações humanas de modo a compreender o processo histórico.
OBS.: a palavra história é polissêmica, possui vários significados como:
- História de ficção: são as histórias existentes em alguns livros, nas novelas, nos filmes. Às vezes são inspiradas em conhecimentos de épocas, porém retirada da cabeça das pessoas.
- História de um processo vivido: fatos que ocorreram na vida de uma pessoa ou de um grupo social, suas lutas e sonhos, as alegrias e tristezas, sempre com base na memória.
- História do conhecimento: é quando procura se entender como os seres humanos viveram e se organizaram desde o passado mais remoto até os dias de hoje. Parra assim poder desvendar a historicidade (a condição histórica) das vivências humanas. Tudo isso se dá através do conhecimento que acaba por transformar a história na busca do saber voltado para a compreensão da vida dos seres humanos e das sociedades ao longo dos tempos.
REFLITA: Podemos relacionar essas formas de história? Por quê?
● Sim, já que ao estudarmos a história tanto a ficção e a história vivida pelas pessoas podem fazer parte da história do conhecimento e com isso nos ajuda a entender como pensavam, como se influenciavam, como se relacionavam. Nisso a ficção pode nos ajudar, principalmente no lado cultural. Ao pesquisarmos sobre os lugares e como as pessoas viviam vamos precisar saber do processo de vida desse grupo.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Iluminismo.

No século XVIII, uma nova corrente de pensamento começou a tomar conta da Europa defendendo novas formas de conceber o mundo, a sociedade e as instituições. O Chamado movimento iluminista aparece nesse período como um desdobramento de concepções desenvolvidas desde o período renascentista, quando os princípios de individualidades e razão ganharam espaço nos séculos iniciais da idade Moderna. No século XVII o francês Renê Descartes concebeu um modelo de verdade incontestável. Segundo este autor, a verdade poderia ser alcançada através de duas habilidades inerentes ao homem: duvidar e refletir.nesse mesmo período surgiram proeminentes estudos no campo das ciências da natureza que também irão influenciar profundamente o pensamento iluminista. Entre outros estudos destacamos a obra do inglês Isaac Newton. Por meio de seus experimentos e observações, Newton conseguiu elaborar uma série de lei naturais que regiam o mundo material. Tais descobertas acabaram colocando à mostra um tipo de explicação aos fenômenos Independentes das concepções de fundo religioso. Dessa maneira, a dúvida, o experimento e a observação seriam instrumentos do intelecto capazes de decifrar as "normas" que organizam o mundo.
Tal maneira de relacionar-se com o mundo, não só contribuiu para o desenvolvimento dos saberes no campo da Física, da Matemática, da Biologia e da Química. O método utilizado inicialmente por Newton acabou influenciando outros pensadores que também acreditavam que, por meio da razão, poderiam estabalecer as leis que naturalmente regiam as relações sociais, a História, a Política e a Economia.
Um dos primeiros pensadores influenciados por esse conjunto de ideias foi o britânico John Locke. Segundo a sua obra, Tratado sobre o Governo Civil, o homem teria alguns direitos naturais como a vida, a liberdade e a propriedade. No entanto, os interesses de um indivíduo perante o seu próximo poderiam acabar ameaçando a garantia de tais direitos.Foi a partir de então que o Estado surgia como uma instituição social coletivamente aceita na garantia de tais direitos.
Essa concepção lançada por Locke incitou uma dura crítica aos governos de sua época, pautados nos chamados princípios absolutistas. No absolutismo a autoridade máxima do rei contava com poderes ilimitados para conduzir os destinos de uma determinada nação. O poder político centrado nas mãos da autoridade real seria legitimado por uma justificativa religiosa onde o monarca seria visto como um representante divino. Entretanto para os iluministas a fé não poderia interferir ou legitimar os governos.
No ano de 1748, a obra "Do espírito da leis", o filósofo Montesquieu defendeu um governo onde os poderes fossem divididos. O equilíbrio entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário poderia conceber um Estado onde as leis não seriam desrespeitadas em favor de um grupo. A independência desses poderes era contrária a do governo absolutista, onde o rei tinha completa liberdade de interferir, criar e descumprir as leis. Essa supremacia do poder real foi fortemente atacada pelo francês Voltaire. Segundo esse pensador , a interferência religiosa nos assuntos políticos estabelecia a criação de governos injustos e legitimadores do interesse de uma parcela restrita da sociedade. Sem defender o radical fim das monarquias de sua época, acreditava que os governos deveriam se inspirar pela razão tomando um tom mais racional e progressista.
Um outro importante pensador do movimento iluminista foi Rousseau, que criticava a civilização ao apontar que ela expropria a bondade inerente ai homem. Para ele, a simplicidade e a comunhão entre os homens deveriam ser valorizadas como itens essenciais na construção de uma sociedade mais justa. Entretanto, esse modelo de vida ideal só poderia ser alcançado quando a propriedade privada fosse sistematicamente combatida.
Esses primeiros pensadores causaram grande impacto na Europa de su tempo, é de suma importância destacar como a ação difusora dos filósofos Diderot e D'Alambert foi fundamental para os valores iluministas ganhassem tamanha popularidade. Em esforço conjunto, e contando com a participação de outros iluministas, esses dois pensadores criaram uma extensa compilação de textos da época reunidos na obra "Enciclopédia".
A difusaõ do iluminismo acabou abrindo portas para novas interpretações da economia e do governo. A fisiocracia defendia que as produções de riquezas dependiam fundamentalmente da terra. As demais atividades econômicas era apenas um simples desdobramento da riqueza produzida em terra. Além disso, a economia não poderia sofrer a intervenção do Estado, pois teria formas naturais de se organizar e equilibrar. Ao mesmo tempo, o iluminismo influenciou as monarquias que viam com bons olhos os princípios racionalistas defendidos pelo iluminismo. Essa adoção dos princípios iluministas por parte das monarquias empreendeu uma modernização do aparelho administrativo com o objetivo de atender os interesses dos nobres e da burguesia nacional.
Texto retirado de www.mundoeducacao.com.br
por: Reiner Sousa.