quinta-feira, 24 de maio de 2012

Primavera Árabe

Primavera Árabe Os protestos no mundo árabe em 2010-2011, também conhecidos como a Primavera Árabe, são uma onda revolucionária de manifestações e protestos que vêm ocorrendo no Oriente Médio e no Norte da África desde 18 de dezembro de 2010. Até a data, tem havido revoluções na Tunísia e no Egito, uma guerra civil na Líbia; grandes protestos na Argélia, Bahrein, Djibuti, Iraque, Jordânia, Síria, Omã e Iémen e protestos menores no Kuwait, Líbano, Mauritânia, Marrocos, Arábia Saudita, Sudão e Saara Ocidental. Os protestos têm compartilhado técnicas de resistência civil em campanhas sustentadas envolvendo greves, manifestações, passeatas e comícios, bem como o uso das mídias sociais, como Facebook, Twitter e Youtube, para organizar, comunicar e sensibilizar a população e a comunidade internacional em face de tentativas de repressão e censura na Internet por partes dos Estados Início Em dezembro de 2010 um jovem tunisiano ateou fogo ao próprio corpo como manifestação contra as condições de vida no país. Ele não sabia, mas o ato desesperado, que terminou com a própria morte, seria o pontapé inicial do que viria a ser chamado mais tarde de Primavera Árabe. Protestos se espalharam pela Tunísia, levando o presidente Zine el-Abdine Ben Ali a fugir para a Arábia Saudita apenas dez dias depois. Ben Ali estava no poder desde novembro de 1987. Evolução A Primavera Árabe, como o evento se tornou conhecido, apesar de várias nações afetadas não serem parte do "Mundo árabe", foi provocado pelos primeiros protestos que ocorreram na Tunísia em 18 de Dezembro de 2010, após a auto-imolação de Mohamed Bouazizi, em uma forma protesto contra a corrupção policial e maus tratos. Com o sucesso dos protestos na Tunísia, uma onda de instabilidade atingiu a Argélia, Jordânia, Egito e o Iêmen, com os maiores, mais organizadas manifestações que ocorrem em um "dia de fúria". Os protestos também têm provocado distúrbios semelhantes fora da região. Até à data, as manifestações resultaram na derrubada de três chefes de Estado: o presidente da Tunísia, Zine El Abidine Ben Ali, fugiu para a Arábia Saudita em 14 de janeiro, na sequência dos protestos da Revolução de Jasmim; no Egito, o presidente Hosni Mubarak renunciou em 11 de Fevereiro de 2011, após 18 dias de protestos em massa, terminando seu mandato de 30 anos; e na Líbia, o presidente Muammar al-Gaddafi, morto em tiroteio após ser capturado no dia 20 de outubro e torturado por rebeldes, arrastado por uma carreta em público, morrendo com um tiro na cabeça. Durante este período de instabilidade regional, vários líderes anunciaram sua intenção de renunciar: o presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, anunciou que não iria tentar se reeleger em 2013, terminando seu mandato de 35 anos. O presidente do Sudão, Omar al-Bashir também anunciou que não iria tentar a reeleição em 2015, assim como o premiê iraquiano, Nouri al-Maliki, cujo mandato termina em 2014, embora tenha havido manifestações cada vez mais violentas exigindo a sua demissão imediata. Protestos na Jordânia também causaram a renúncia do governo, resultando na indicação do ex-primeiro-ministro e embaixador de Israel, Marouf Bakhit, como novo primeiro-ministro pelo rei Abdullah. A volatilidade dos protestos e as suas implicações geopolíticas têm chamado a atenção global com a possibilidade de que alguns manifestantes possam ser nomeados para o Prêmio Nobel da Paz de 2011. Situação por país ██ Governo derrubado ██ Desordem civil sustentada e mudanças governamentais ██ Protestos e mudanças governamentais ██ Grandes protestos ██ Protestos menores ██ Protestos fora do mundo árabe País Data de início Data de término Tipo de protesto Consequências Tunísia 18 de dezembro de 2010 Autoimolação de Mohamed Bouazizi e grandes manifestações públicas Deposição de Ben Ali Argélia 28 de dezembro de 2010 Grandes manifestações públicas O presidente Abdelaziz Bouteflika promete o fim do estado de emergência Líbia 13 de janeiro de 2011 Protestos por habitação e grandes manifestações públicas, segundo ONG, mais de 200 pessoas já foram mortas nestes protestos. Guerra civil, intervenção internacional e deposição do regime. Morte do ditador Muammar al-Gaddafi. Jordânia 14 de janeiro de 2011 Pequenos protestos Mudança de Governo e apelo do rei Abdullah II a rápidas e eficazes reformas democráticas. Mauritânia 17 de janeiro de 2011 17 de janeiro de 2011 Autoimolação Omã 17 de janeiro de 2011 17 de janeiro de 2011 Pequenos protestos O sultão Qaboos bin Said Al Said anuncia aumento do salário mínimo aos empregados do setor privado Iêmen 18 de janeiro de 2011 Grandes manifestações públicas O Presidente Saleh anuncia que não concorrerá nas próximas eleições Arábia Saudita 21 de janeiro de 2011 29 de janeiro de 2011 Autoimolação Líbano 24 de janeiro de 2011 Pequenos protestos Egito 25 de janeiro de 2011 11 de fevereiro de 2011 Grandes manifestações públicas Renúncia de Hosni Mubarak Síria 26 de janeiro de 2011 Autoimolação, grandes protestos O presidente Bashar al-Assad prometeu reformas no governo. Escalada da violência e substancial número de mortes. Palestina 28 de janeiro de 2011 Pequenos protestos Marrocos 30 de janeiro de 2011 Autoimolação O rei Mohammed VI organizou um referendo que permitiu a mudança da Constituição no sentido da Monarquia Constituicional e da Democracia. Djibuti 1 de fevereiro de 2011 1 de fevereiro de 2011 Pequenos protestos Iraque 10 de fevereiro de 2011 Autoimolação, protestos em várias cidades por todo o país O premier Nouri al-Maliki anuncia que não concorrerá a um terceiro mandato Barein 14 de fevereiro de 2011 Grandes manifestações públicas O rei Hamad doará dinheiro para cada família e ordena a soltura de presos políticos [35] Kuwait 18 de fevereiro de 2011 Grandes manifestações públicas Motivações A revolução democrática árabe é considerada a primeira grande onda de protestos laicistas e democráticos do mundo árabe no século XXI. Os protestos, de índole social e, no caso de Túnis, apoiada pelo exército, foram causados por fatores demográficos estruturais, condições de vida duras promovidas pelo desemprego, ao que se aderem os regimes corruptos e autoritários revelados pelo vazamento de telegramas diplomáticos dos Estados Unidos divulgados pelo Wikileaks. Estes regimes, nascidos dos nacionalismos árabes dentre as décadas de 1950 e 1970, foram se convertendo em governos repressores que impediam a oposição política credível que deu lugar a um vazio preenchido por movimentos islamistas de diversas índoles. Outras causas das más condições de vida, além do desemprego e da injustiça política e social de seus governos, estão na falta de liberdades, na alta militarização dos países e na falta de infraestruturas em lugares onde todo o beneficio de economias em crescimento fica nas mãos de poucos e corruptos. Estas revoluções não puderam ocorrer antes, pois, até a Guerra Fria, os países árabes submetiam seus interesses nacionais aos do capitalismo estadunidense e do comunismo russo. Com poucas exceções, até a Guerra Fria, maiores liberdades políticas não eram permitidas nesses países. Diferentemente da atualidade, a coincidência com o amplo processo da globalização, que difundiu as ideias do Ocidente e que, no final da primeira década do terceiro milênio, terminaram tendo grande presença as redes sociais, que em 2008 se impuseram na internet. Esta, por sua vez, se fez presente na década de 2000, devido aos planos de desenvolvimento da União Europeia. A maioria dos protestantes são jovens (não em vão, os protestos no Egito receberam o nome "Revolução da Juventude"), com acesso a Internet e, ao contrário das gerações antecessoras, possuem estudos básicos e, até mesmo, graduação superior. O mais curioso dos eventos com início na Tunísia foi sua rápida difusão por outras partes do mundo árabe. Por último, a profunda crise do subprime de 2008 na qual foi muito sentida pelos países norte-africanos, piorando os níveis de pobreza, foi um detonador para a elevação do preço dos alimentos e outros produtos básicos. A estas causas compartilhadas pelos países da região se somam outras particulares. No caso da Tunísia, a quantidade de turistas internacionais e, em especial, os europeus que recebiam promoveu maior penetração das ideias ocidentais; ademais, O governo da Tunísia é o menos restritivo.

Revolução Industrial

Revolução Industrial Começa na Inglaterra, em meados do século XVIII. Caracteriza-se pela passagem da manufatura à indústria mecânica. A introdução de máquinas fabris multiplica o rendimento do trabalho e aumenta a produção global. A Inglaterra adianta sua industrialização em 50 anos em relação ao continente europeu e sai na frente na expansão colonial. Progresso tecnológico A invenção de máquinas e mecanismos como a lançadeira móvel, a produção de ferro com carvão de coque, a máquina a vapor, a fiandeira mecânica e o tear mecânico causam uma revolução produtiva. Com a aplicação da força motriz às máquinas fabris, a mecanização se difunde na indústria têxtil e na mineração. As fábricas passam a produzir em série e surge a indústria pesada (aço e máquinas). A invenção dos navios e locomotivas a vapor acelera a circulação das mercadorias. Empresários e proletários O novo sistema industrial transforma as relações sociais e cria duas novas classes sociais, fundamentais para a operação do sistema. Os empresários (capitalistas) são os proprietários dos capitais, prédios, máquinas, matérias-primas e bens produzidos pelo trabalho. Os operários, proletários ou trabalhadores assalariados, possuem apenas sua força de trabalho e a vendem aos empresários para produzir mercadorias em troca de salários. Exploração do trabalho No início da revolução os empresários impõem duras condições de trabalho aos operários sem aumentar os salários para assim aumentar a produção e garantir uma margem de lucro crescente. A disciplina é rigorosa, mas as condições de trabalho nem sempre oferecem segurança. Em algumas fábricas a jornada ultrapassa 15 horas, os descansos e férias não são cumpridos e mulheres e crianças não têm tratamento diferenciado. Movimentos operários Surgem dos conflitos entre operários, revoltados com as péssimas condições de trabalho, e empresários. As primeiras manifestações são de depredação de máquinas e instalações fabris. Com o tempo surgem organizações de trabalhadores da mesma área. Sindicalismo Resultado de um longo processo em que os trabalhadores conquistam gradativamente o direito de associação. Em 1824, na Inglaterra, são criados os primeiros centros de ajuda mútua e de formação profissional. Em 1833 os trabalhadores ingleses organizam os sindicatos (trade unions) como associações locais ou por ofício, para obter melhores condições de trabalho e de vida. Os sindicatos conquistam o direito de funcionamento em 1864 na França, em 1866 nos Estados Unidos, e em 1869 na Alemanha. Curiosidade: Primeiro de maio – É a data escolhida na maioria dos países industrializados para comemorar o Dia do Trabalho e celebrar a figura do trabalhador. A data tem origem em uma manifestação operária por melhores condições de trabalho iniciada no dia 1º de maio de 1886, em Chicago, nos EUA. No dia 4, vários trabalhadores são mortos em conflitos com as forças policiais. Em conseqüência, a polícia prende oito anarquistas e os acusa pelos distúrbios. Quatro deles são enforcados, um suicida-se e três, posteriormente, são perdoados. Por essa razão, desde 1894, o Dia do Trabalho, nos Estados Unidos, é comemorado na primeira segunda-feira de setembro. Consequências do processo de industrialização As principais são a divisão do trabalho, a produção em série e a urbanização. Para maximizar o desempenho dos operários as fábricas subdividem a produção em várias operações e cada trabalhador executa uma única parte, sempre da mesma maneira (linha de montagem). Enquanto na manufatura o trabalhador produzia uma unidade completa e conhecia assim todo o processo, agora passa a fazer apenas parte dela, limitando seu domínio técnico sobre o próprio trabalho. Acúmulo de capital Depois da Revolução Gloriosa a burguesia inglesa se fortalece e permite que o país tenha a mais importante zona livre de comércio da Europa. O sistema financeiro é dos mais avançados. Esses fatores favorecem o acúmulo de capitais e a expansão do comércio em escala mundial. Controle do campo Cada vez mais fortalecida, a burguesia passa a investir também no campo e cria os cercamentos (grandes propriedades rurais). Novos métodos agrícolas permitem o aumento da produtividade e racionalização do trabalho. Assim, muitos camponeses deixam de ter trabalho no campo ou são expulsos de suas terras. Vão buscar trabalho nas cidades e são incorporados pela indústria nascente.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Correção de prova - 807 ISERJ

Respostas: 1)Para obter a unificação do mercado através da adoção de uma moeda única, impostos nacionais, unidade de pesos e medidas e proteção militar interna e externa 2)Foi um filósofo inglês e teórico da Revolução Gloriosa. É considerado o pai do liberalismo político. Defendia a substituição do absolutismo por uma relação contratual entre governantes e governados expressa na constituição 3)Reformas sócio-econômicas através da conciliação de práticas absolutistas com alguns princípios iluministas, realizadas por alguns monarcas europeus, a fim de evitar revoltas e se manterem no poder. 4)Esta teoria procura garantir uma Legitimidade divina ao poder absoluto do Rei, garantindo assim que todos os atos do governante possuam a inspiração e a vontade de Deus 5) Declaração dos Direitos, assinados pelos membros do Parlamento dando assim todo poder a ele. 6) b) Sistema Mercantilista. 7) d) Jean d'Alembert, Denis Diderot e John Locke. 8) a) No auge da Revolução, o rei Carlos I foi executado, e a República proclamada. Jaime II tornou-se o dirigente máximo da Inglaterra. Com o fim da guerra civil, Jaime II instituiu um governo democrático, supervisionado pelo conjunto do Parlamento, no qual os direitos humanos passaram a ser respeitados e as classes populares encontraram voz ativa. 9) d) Balança Comercial Favorável. 10) c) a Coroa, a Igreja e a Nobreza. 11) b) propunha uma sociedade igualitária a partir da análise científica da História. 12) c) François Quesnay 13) b) o trabalho é a fonte de riqueza, baseando-se no valor da lei da oferta e da procura. 14) V - F - V - V - V