domingo, 3 de junho de 2012

Doutrinas sociais e políticas após a Revolução Industrial.

Doutrinas sociais e políticas após a Revolução Industrial. A industrialização e a urbanização da Europa vieram acompanhadas do surgimento de novas doutrinas sociais e políticas. Para justificar o sistema econômico vigente – o capitalismo - , foi elaborado o liberalismo. O avanço dessas ideias provocou conflitos durante os quais se desenvolveu outra inflamada novidade da época: o nacionalismo. Liberalismo. Nascido durante o Iluminismo, o liberalismo teve como principais teóricos, na política, o inglês John Locke e, na economia, o escocês Adam Smith. Outros nomes de peso foram os ingleses David Ricardo e Thomas Malthus. Uma das principais características do liberalismo é a propriedade privada, que seria um direito natural dos ser humano. A partir dela, o ser humano teria liberdade de produzir e comercializar, sem a interferência do governo, que deve apenas garantir a ordem e a justiça. Para os liberais, a economia tem leis próprias que não devem ser violadas. Os preços variam de acordo com a oferta e a procura de cada produto, e a livre concorrência entre as empresas elimina as menos eficientes. Os liberais procuravam justificar as desigualdades afirmando que elas eram naturais e, com o progresso, diminuíram. A doutrina influenciou as revoluções liberais de 1830 na Europa, que consolidaram o poder político da burguesia. Socialismo. O socialismo propõe a supressão da propriedade privada e das classes sociais. Os primeiros teóricos da doutrina buscaram solucionar problemas das classes operárias por meio de projetos idealistas, em geral voltados para grupos restritos. Um exemplo eram os falenstérios – comunidades operárias onde a divisão de trabalho seria abolida –, concedidos pelo francês Charles Fourier. Esses estudos pioneiros ficariam conhecidos como socialismo utópico. Em 1848, com a publicação do Manifesto Comunista, os alemães Karl Marx e Friedrich Engels inauguraram o socialismo científico. Eles defendiam a tese de que a história é uma sucessão de lutas de classe e, durante o capitalismo, o conflito se dá entre burgueses e proletários (trabalhadores que vendem sua força de trabalho). Para explicar como essas pessoas são exploradas, Marx e Engels criaram o conceito da mais-valia. Ela é a diferença entre a riqueza produzida numa empresa e a parcela desse total paga aos trabalhadores – quantia a da qual o patrão retira o lucro. Para eles, essa diferença seria injusta: toda riqueza produzida deveria ser dividida entre os trabalhadores. Os teóricos estimulavam os proletários a se unir e lutar contra os burgueses. A vitória resultaria na ditadura do proletariado, que extinguiria a propriedade privada dos meios de produção. O socialismo seria uma etapa de transição para o comunismo, em que o Estado gradualmente desapareceria. Tais ideias influenciaram a Revolução Russa de 1917. Nacionalismo. O nacionalismo determina a doação de indivíduo ao Estado nacional. Influenciou as unificações da Itália e da Alemanha e as lutas de independência das colônias. No século XX inspirou os regimes nazifascistas, que deflagraram a II Guerra Mundial. Anarquia organizada. Outra doutrina a ganhar força no período é o anarquismo, que defende a organização social sem nenhuma forma de autoridade imposta. A obra Enquiry Conceming Political Justice (1793), do britânico, Willian Godwin, é considerado um dos marcos do anarquismo. No século XIX, o movimento se divide em duas correntes principais. A primeira encabeçada pelo francês Pierre-Joseph Proudhon, afirma que a sociedade deve ser estruturada em pequenas associações baseadas no auxílio mutuo. A segunda, liderada pelo russo Mikhail Bakúnin, propõe uma revolução sustentada pelo campesinato. Os trabalhadores espanhóis e italianos são bastante influenciados pelo anarquismo, mas ele é esmagado nesses países pelo surgimento do fascismo.

2 comentários:

  1. oi professor passando aqui pra responder os deveres de história adorei os textos são excelentes

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