quinta-feira, 12 de abril de 2012

Desigualdade no Brasil

Ao analisarmos a desigualdade no Brasil podemos observar que ela se iniciou com a chegada do europeu, que vê os índios como seres inferiores e menos capazes, posteriormente, com a introdução do trabalho escravo os negros passaram a ter a mesma observação. Hoje os seus descendentes sofrem descriminação e preconceito por não serem de pele clara.
Desigualdade Urbana.
À medida que a sociedade brasileira se industrializou e se urbanizou novos contingentes populacionais foram absorvidos pelo mercado de trabalho nas cidades. Esse processo iniciou-se nos primeiros anos do século XX, acelerando-se na década de 1950, quando se desenvolveu no país um grande esforço de industrialização trazendo junto à urbanização. Criou-se um proletariado industrial, e milhares de outros trabalhadores foram atraídos paras as cidades. Porem nem todos foram aproveitados pelos setores urbanos de trabalho, este fato acabou gerando uma grande massa de desempregados, semi-ocupados, que vivem à margem do sistema produtivo capitalista onde acaba gerando o contraste urbano, de um lado o luxo o outro a pobreza.
Desigualdades.
Além da fome, defrontamos com outros indicadores das desigualdades que permeiam nosso cotidiano. As estatísticas mostram que o problema é muito grave , se há alguma coisa que caracteriza o Brasil nos últimos anos, é sua condição como um dos países mais desiguais do mundo. Além das desigualdades entre as classes, há outras diferenças – entre homens e mulheres, entre negros e brancos, por exemplo.
Isso não se traduz apenas na fome e miséria, mas também nas condições precárias de saúde, habitação, de educação, enfim, em uma situação desumana.
Fome e Coronelismo.
A partir da década de 1940 a questão da desigualdade social aparecia sob novo olhar, que passava pela presença do latifundiário, da monocultura e do subdesenvolvimento. Alguns sociólogos defendem que a solução está na reforma agrária e educação. A figura do coronel está ligada ao grande proprietário rural principalmente do Nordeste, tendo como base de sustentação uma estrutura agrária onde mentem seus trabalhadores em uma situação de penúria, abandono e de uma ausência total de educação.
Raça e Classe.
Nos anos de 1950, passou-se a analisar a situação do negro dentro da estrutura social brasileira. Demonstrando como os ex-escravos foram integrados de forma precária no mercado de trabalho, principalmente no Sul e no Sudeste. Gerando uma situação de desigualdade onde os seus descendentes vivem até os dias de hoje.
República de Doutores.
Doutor em nossa sociedade, não é a designação de um título acadêmico, mas um atestado de desigualdade social. Esse termo é utilizado principalmente por pessoas das classes populares ao designar ou se referir a pessoas de outras classes. A alusão a uma educação superior, que é contida no título, serve para justificar o privilégio: se alguém é “doutor”, merece ser rico. Com isso a classe média, sempre ameaçada por um retrocesso, pode acreditar que seu privilégio arbitrário e efêmero.
É provável que o uso do termo “doutor” como índice e justificação do privilégio social seja um sintoma constante em todas as sociedades em que formas arcaicas de domínio desvirtuam as formas modernas da diferença social. Doutor não é título de médico ou de pós-graduado, mas de quem tem cartão de crédito, carro importado e vive em determinadas áreas privilegiadas nas cidades. Ainda é bom lembrar que, no Brasil, quem possui diploma de graduação tem direito a prisão especial pelo simples fato de ter concluído um curso superior.

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