quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Educação Financeira - Locus aula 3

O peso do dinheiro e a obsolescência programada. (aula 3). 1) Veja quanto vale o seu dinheiro – por Alberto Oliveira. Digamos que eu esteja lhe devendo R$ 100. Você prefere receber o dinheiro agora, ou daqui a um ano? Sou capaz de apostar outros R$ 100 como você respondeu “agora”. E porque você gostaria de ter o dinheiro hoje, e não daqui a longos 365 dias? Você pode me dar uma série de bons motivos, a começar pelo fato de que o dinheiro na mão lhe permitirá comprar, agora, coisas de que você necessita; quem sabe depositar na caderneta de poupança e, com isso, ampliar seus rendimentos; pagar uma dívida que vem lhe deixando sem dormir, e por aí vai. Por trás dessa sua decisão, está um dos conceitos mais importantes da Matemática Financeira: o de que o tempo muda o valor do dinheiro. R$ 100 daqui a um ano valem menos do que R$ 100 hoje. Você até pode concordar em receber daqui a um ano, mas certamente desejará ter uma recompensa, por isso. Essa recompensa é o que chamamos de juros. O grande problema é determinar qual o tamanho correto desses juros. Se você empresta dinheiro a um banco, para receber daqui a um mês, o banco vai lhe pagar juros. O banqueiro acha que, nesse caso, é justo lhe pagar em torno de meio por cento, como recompensa. E se for você que precisa do dinheiro? Aí o banqueiro acha que o justo é ele lhe cobrar quase 10 por cento pelo mesmo período. É como se o dinheiro dele valesse 20 vezes mais do que o seu. Quando você for fazer compras lembre-se de que as lojas também acham que o dinheiro delas vale mais do que o seu. E cobram juros muito mais altos do que você receberia, se fosse emprestar dinheiro a elas. Lembre-se, também, que a inflação de um ano, no Brasil, hoje, está em torno de 6,5 por cento. E tome uma decisão que vai fazer muito bem ao seu bolso: não compre uma agulha sequer se for a prazo. Só compre à vista, e pedindo desconto. Se não der para comprar à vista (e com desconto), pergunte quanto seria a prestação, mas não compre. Vá juntando, todo mês, na caderneta de poupança, o valor da prestação. Você vai ver que muitas vezes na metade do tempo será possível comprar, à vista, o que estava desejando. E ainda sobrará dinheiro. 2) O que é investimento? Em economia, investimento significa a aplicação de capital em meios de produção, visando o aumento da capacidade produtiva (instalações, máquinas, transporte, infraestrutura) ou seja, em bens de capital. 3) Cuidados com os investimentos. Ao investir temos sempre que observar o rendimento, tendo em vista que quanto maior ele é mais arriscada a operação financeira. 4) Tipos de investimentos. Entende-se por investimento financeiro as operações de compra e venda de títulos financeiros como letras de câmbio, ações, etc. Segue abaixo uma lista de termos relacionados a investimentos financeiros: renda fixa, ações, CDB (Certificado de Depósito Bancário), ouro, dólar ou outra moeda estrangeira, caderneta de poupança, Previdência Privada. a) Caderneta de Poupança em Economia, é a parcela da renda – de pessoas, empresas ou instituições superavitárias – que não é gasta no período em que é recebida, e, por consequência, é guardada para ser usada num momento futuro. Existe confusão entre poupança e poupança financeira, que é um tipo de investimento financeiro, em conta poupança, com baixo risco e baixo rendimento, geralmente garantido pelo governo até um determinado valor (R$ 60.000,00), através do Fundo Garantidor de Crédito, independentemente de qual casa bancária é a sua depositária. Entretanto, poupança do ponto de vista econômico é o acúmulo de capital para investimento. Os recursos investidos pelos poupadores nas contas poupança, geralmente tem destinação para investimentos em infraestrutura habitacional. b) Renda Fixa é o tipo de investimento que possui uma remuneração ou um retorno de capital investido dimensionado no momento da aplicação. O investimento pode não só ser econômico, como também pode ser um trabalho (administrativo ou manual), ou qualquer outro tipo de serviço a favor de um empreendimento ou corporação. Um exemplo de renda fixa seria o salário de um operário, ou qualquer outro tipo de trabalhador. Em finanças, Renda Fixa pode ser o nome do tipo de rendimento obtido por um investimento em títulos do mercado financeiro (chamado de aplicação financeira no Brasil). Existe ainda a Renda Variável, proveniente da aplicação / investimento em títulos mobiliários de risco, como as ações e os fundos mútuos de ações. c) Um fundo de investimento é uma forma de aplicação financeira, formada pela união de vários investidores que se juntam para a realização de um investimento financeiro, organizada sob a forma de pessoa jurídica, tal qual um condomínio, visando um determinado objetivo ou retorno esperado, dividindo as receitas geradas e as despesas necessárias para o empreendimento. A administração e a gestão do fundo são realizadas por especialistas contratados. Os administradores tratam dos aspectos jurídicos e legais do fundo, os gestores da estratégia de montagem da carteira de ativos do fundo, visando o maior lucro possível com o menor nível de risco. d) Previdência privada, também chamada de Previdência complementar, é uma forma de seguro contratado para garantir uma renda ao comprador ou seu beneficiário. O valor do prêmio é aplicado pela entidade gestora, que com base em cálculos atuariais, determina o valor do benefício. No Brasil pode ser do tipo aberta ou fechada. Em resumo, pode-se dizer que é um sistema que acumula recursos que garantam uma renda mensal no futuro, especialmente no período em que se deseja parar de trabalhar. Num primeiro momento, era vista como uma forma uma poupança extra, além da previdência oficial, mas como o benefício do governo tende a ficar cada vez menor, muitos adquirem um plano como forma de garantir uma renda razoável ao fim de sua carreira profissional. Há dois tipos de plano de previdência no Brasil. A aberta e a fechada. A aberta pode ser contratada por qualquer pessoa, enquanto a fechada é destinada a grupos, como funcionários de uma empresa, por exemplo. 5) A obsolescência e o consumo sustentável. O conceito de consumo sustentável tenta aliar a necessidade de crescimento dos países com a manutenção do equilíbrio do meio ambiente, justamente sobre mudanças de padrões de consumo, manejo ambiental dos resíduos sólidos e saneamento, abordando ainda o fortalecimento do papel do comércio e da indústria. O desafio de que todos passem a pensar seriamente na necessidade de reciclar, de adotar um novo estilo de vida e de padrões de consumo, isso é uma tarefa de todos nós.

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