segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

QUAL A IMPORTÂNCIA DA HISTÓRIA (TURMA 1002)

Qual a importância da história na sociedade.

A palavra história é de origem grega “historiem” que é “procurar saber”, “informar-se”, história significa procurar. (Jacques Le Goff)
A historia estuda a vida humana através do tempo. Estuda o que homens e mulheres, de todas as idades, fizeram, pensaram ou sentiram como seres sociais. Nesse sentido, o conhecimento histórico alarga a compreensão das pessoas como seres que constroem seu tempo.

● Para que estudar história?
Ela busca explicar as permanências e as regularidades das formações sociais quanto às mudanças e as transformações que se estabelecem no embate (luta) das ações humanas.

● Por que o passado acaba interferindo no presente?
O passado humano constituiu um conjunto de comportamentos intimamente interligados que tem uma razão de ser, ainda que, na maioria das vezes, imperceptível aos nossos olhos. Porém ao analisarmos o passado e confrontá-lo com acontecimentos do presente passamos a entender melhor o cotidiano.

● O tempo e a história.
A dimensão do tempo é considerada uma das categorias do conhecimento histórico. O tempo representa um conjunto complexo de vivências humanas. Por isso a necessidade de relacionar as diferentes formas de criar o tempo e os períodos propostos, e de situar os acontecimentos históricos nos seus respectivos tempos.

● O tempo de hoje é igual ao de ontem?
O tempo continua igual, porém com tantos afazeres temos a impressão que o dia ficou mais curto. No século XVI no interior da França o tempo era contado pelo nascente e poente do Sol, já na sociedade industrial contemporânea o tempo é ditado pelo relógio.
OBS.: o homem e a história acabam tendo um grande relacionamento, pois esta relação torna o homem agente do tempo histórico.

● A historiografia (estudo histórico e escrito) informa a verdade absoluta?
Ela não deve ter essa pretensão, pois a história como forma de conhecimento, é uma atividade contínua de pesquisa.
REFLITA: “A história que se escreve está intensamente ligada à história que se vive.” Analisar a frase e refletir sobre a objetividade nos estudos históricos.
● A história escrita não pode ser isolada de sua época. Ela reflete o historiador e o tempo em que ele vive. Por isso, a objetividade histórica é sempre muito relativa: as intenções dos historiadores não podem ser consideradas verdades absolutas, variando de acordo com as mudanças ocorridas no presente histórico.

● Em que consiste o trabalho do historiador?
Serve para investigar e interpretar as ações humanas de modo a compreender o processo histórico.
OBS.: a palavra história é polissêmica, possui vários significados como:
- História de ficção: são as histórias existentes em alguns livros, nas novelas, nos filmes. Às vezes são inspiradas em conhecimentos de épocas, porém retirada da cabeça das pessoas.
- História de um processo vivido: fatos que ocorreram na vida de uma pessoa ou de um grupo social, suas lutas e sonhos, as alegrias e tristezas, sempre com base na memória.
- História do conhecimento: é quando procura se entender como os seres humanos viveram e se organizaram desde o passado mais remoto até os dias de hoje. Parra assim poder desvendar a historicidade (a condição histórica) das vivências humanas. Tudo isso se dá através do conhecimento que acaba por transformar a história na busca do saber voltado para a compreensão da vida dos seres humanos e das sociedades ao longo dos tempos.
REFLITA: Podemos relacionar essas formas de história? Por quê?
● Sim, já que ao estudarmos a história tanto a ficção e a história vivida pelas pessoas podem fazer parte da história do conhecimento e com isso nos ajuda a entender como pensavam, como se influenciavam, como se relacionavam. Nisso a ficção pode nos ajudar, principalmente no lado cultural. Ao pesquisarmos sobre os lugares e como as pessoas viviam vamos precisar saber do processo de vida desse grupo.

Povos Medievais.
Na Idade Média, após a queda do Império Romano, vários povos que já existiam na antiga Europa (conhecidos como bárbaros) passam a ocupar todo o território europeu como: os anglos saxões, bizantino, lombardos, ostrogodos, suevos, visigodos, vândalos, francos, suevos, árabes e vários outros. Porém nem todos esses povos criaram grandes impérios e os que criaram sobreviveram e acabaram formando reinos fortes. Desses reinos surgiram países que iram se tornar fortes países na Idade Moderna.
Vejamos como alguns desses impérios surgiram:
Em 395 d.C. o imperador Teodósio divide o Império Romano em dois: o Império Romano do Oriente com a capital em Constantinopla e o Império Romano do Ocidente com a capital em Roma. Porém não deu certo a estratégia, pois o imperador do ocidente, Rômulo Augusto, não resistiu ao líder germânico Odoacro, era o fim do Império Romano do Oriente em 476 d.C. e o fim da Idade Antiga (Antiguidade Clássica).
Os Impérios Medievais:
Império Franco: teve o seu apogeu na dinastia carolíngia, tornando-se um império mais tarde com Carlos Magno (768-814), que ampliou os domínios francos através de guerras, consolidando o poder de seu reino. Carlos Magno, com intuito de obter apoio político e militar, distribuía as terras conquistadas nas guerras entre os nobres, porém em troca tinha que jurar fidelidade e apoio militar ao rei, prática que derivou no compromisso de suserania e vassalagem, firmadas entre os senhores feudais.
Os reis francos também eram aliados da Igreja Católica e essa aliança favorecia os dois lados: o apoio do papa acabava fortalecendo o poder do rei e por sua vez o papado encontrou nos reis apoio militar e político contra os imperadores bizantinos e mais tarde, após o século VII, os árabes muçulmanos. Os francos tinham um forte caráter cristão e acreditava-se que o imperador era escolhido por Deus. Com fortes traços feudais: a terra, o grande fator de riqueza e poder, onde os pequenos proprietários procuravam proteção que pediam a um grande proprietário, e em forma de pagamento exercia o trabalho servil.
Império Bizantino (Império Romano do Oriente): o governante bizantino (balizeu) era o chefe de Estado (Cesar) e da Igreja (papa), por isso sua forma de governo foi denominada cesaropapismo. O fato de o Império Bizantino interferir diretamente no poder da Igreja faz com que existisse uma ruptura entre ambos, com isso o povo bizantino passa a ser considerado Cristão Ortodoxo. O balizeu de maior destaque foi Justino, que governou de 527 a 565 e foi responsável pelo Código Justiniano, que tinha por base a administração do Estado. Em 1453 Constantinopla é invadida pelos turcos otomanos, fato que marca o fim do Império Romano do Ocidente e da Idade Média dando início a Idade Moderna.
Império Árabe: na Arábia existiam duas civilizações basicamente: ao sul povos sedentários dedicados a agricultura e ao comércio, ao norte os beduínos, povo nômade que morava no deserto praticando o pastoreio. Por terem contato com os povos hebreus e com cristãos, passaram a adotar uma divindade suprema, Alá, sedimentando o terreno para o islamismo, que seria difundido por Maomé após o século VII d.C. Onde pregava Alá como deus único e criador de tudo que existia. O islamismo defende a predestinação e a doutrina está formulada no Corão ao Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos.
Podemos observar que no período medieval existiram vários impérios e povos que alguns se estacaram mais que outros, porém, de acordo com o que foi relatado acima, os impérios que destacamos foram os francos, os bizantinos e os árabes, cada um com suas características e que a partir dai vão interferir no surgimento dos Estados Modernos que vão prosperar após o século XV, onde Portugal e Espanha são os precursores.

Um comentário:

  1. Professor Odilson , a matéria do 1º bimestre será apenas esta ?
    Att.: Matheus (1002)

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